Mesmo que me falte as palavras...

Em certos momentos da vida ficamos assim, sem palavras, seja por um momento de tristeza e reflexão ou seja pelo encantamento vivido durante aquela hora. Porém, as vezes reflito o quanto é bom agente manter o silêncio, na manifetação viva da paz em nosso ser, numa completa comunhão com o sentido único de nossa estadia nesse mundo, amar.

Reparo nas vozes inquietáveis das pessoas, a necessidade de manter um relacionamento, de colocar para fora aquilo que pensa ou sente. Observo nos olhares a ânsia de contar uma fofoca, de reclamar ou julgar uma atitude de alguém, de apenas comentar as frases do tipo: "mulheeerr, tu soube de josineide" e a outra, com os ouvidos mais abertos do que o mar vermelho diz " não, me contaaaaaaa", é, realmente deve ser um assunto muito interessante.

É preciso encontrar tal busca pelo diálogo em seu próprio coração. Procuramos muitas vezes saciar nossa gula de palavras em MSN ou num telefonema e nem se quer olhamos para aquilo que está tão próximo, pois de tanto observarmos aquilo que está em volta, de procurarmos as materialidades e de gastar nossas cordas vocais clamando novos babados sobre alguém, esquecemos de nós mesmos, de um tempinho para voltar aqui, bem pertinho, no nosso coração.

"Cantai, ao senhor Deus um canto novo" acho que quando estas palavras foram escritas não foi no sinônimo de expandirmos nosso conhecimento alheio para o mundo, e sim numa atitude de amor colocarmos no nosso diálogo uma pitadinha de Deus pelo menos, isso já seria um tempero inacreditável na comunicação de duas pessoas, pois como o mesmo falou " quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, eu estarei entre eles", imagina como essa pitadinha é importante, nos faz estar entre e com Deus.

Por isso, amemos mais a nós mesmos, procure trocar o tempo de sua mente pelo tempo de seu coração, ele precisa disso; volte a sua voz para seu interior e tenha nele o maior encontro que se pode ter. Manter o sliêncio é um dom inacreditável, percebam o galo, só canta no nascer do sol, na entrada de luz em seu ser, portanto que cantemos do mesmo jeito, e assim mesmo quando nos faltar palavras, no nosso silêncio encontraremos as mais belas que nem precisam ser soadas, apenas contempladas. Amadas.

E por fim digamos " eu te amo calado, como quem ouve uma sinfonia"

A paz