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Às vezes procuramos para nossa vida títulos que pelo menos simbolizem o que significamos, mas eu não quero um título pra mim, prefiro me sintonizar naquilo que posso fazer pelo outro, na manifestação viva daquilo que sou; criado pelo, por e para o amor. Sim, todos nós como humanos, somos criados amor, pois somos imagem e semelhança dele, apenas em nossa humanidade colocamos e transferimos valores na vida que destorce tal concepção de nós mesmos.

Observo o quanto os homens valorizam sua imagem, ou seja, a sua moldura, aquilo que os outros pela colocação de uma visão exterior do próximo, apenas vislumbram o que as pessoas têm e não o que são. Remeto-me a palavras que inserem no nosso intimo uma reflexão suprema no significado da vida; na bíblia um homem quis guardar em seu celeiro todos os grãos que colheu em excesso, eu pergunto, para quê? A vida é uma dádiva de cada dia, não é a toa que nós homens nomeamos como presente, porém, acho que ainda não observaram a própria palavra que colocaram nos dicionários, inserem o cultivo da supremacia e independência financeira e esquecem da partilha, mostram ao mundo a imagem das políticas a favor dos necessitados e nas suas casas, quando um mendigo toca na sua porta, o expulsa de forma voraz.

Lembro-me de pessoas que realmente trouxeram ao mundo um significado e não uma imagem, a exemplo de São Francisco de Assis, que até hoje depois de séculos, sua obra ainda invade os corações e promove a paz e a ajuda ao próximo. E pergunto: será que ele se preocupou com sua imagem? Ou ao invés de tratar de seu orgulho, se aprofundou no por hoje sim, por hoje eu vou amar? Percebam que exemplos como este, não ensinam em colégio como muitos presidentes e reis, mas ao contrario, quando crescemos e buscamos os valores reais da vida, lembramos dele e esquecemos do que estudamos, pois amor é vivência e não aprendizado.

Caríssimos, não quero que percam o valor que vocês têm, com certeza são importantes sim, mas que sua valia diante do mundo seja feita por vossas ações em beneficio do próximo, tomando como partido de frente a bandeira do amor, da paz e caridade. Lutem pela construção sustentável de uma família, mas não façam com que o principal objetivo seja esse, mas sim, o amor por ela, e isso se faz nas suas ações na própria casa, física e do coração. Superem o orgulho de seus títulos e vejam que na vida deveríamos entender que devemos “consolar que ser consolados, compreender que ser compreendidos, amar que ser amados, pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.”(São Francisco de Assis)

A paz!